segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Perda de Tempo

Vinte e três anos é uma vida.
Uma vida que se perde.
Sofria de doença crónica incurável.


Nasceu não do amor mas do medo,
da insegurança,
da imaginação,
da vontade e do desejo do acreditar.


Desde sempre se debateu contra a solidão,
a indiferença, o pouco investimento...


Mas lá foi sobrevivendo.
Cada crise era sempre maior que a anterior.


Acabou por "morrer"
sem que ninguém se apercebesse.
Até os seus progenitores
pareciam não dar por isso.


Mas chegado o dia vinte e oito de Setembro de 2006
FOI-LHE CONFIRMADO O ÓBITO!

23 comentários:

http://wwwjuvepereira.blogspot.com disse...

Que vidas, sofridas, doloridas !
Sentidas, recriadas mas muito magoadas. Diz quem sabe que a dor da perda de um filho não há igual
Beijinhos

ju disse...

Juvelina: gostei imenso do teu comentário e pelo que me foi possível entender, tu compreendeste a mensagem do meu texto. Isso deixa-me feliz.

Tentei entrar no teu canto mas a minha entrada foi barrada. Posso saber porquê?

Beijinhos.

Anônimo disse...

Peço imensa desculpa mas é capaz de ser azelhice minha. Mas enquanto não arranjo envio o endereço da página

Amaral disse...

Não é fácil escrever o que aqui está!
Não é fácil lembrar!
Só a coragem, a força de ser, a aceitação podem estar por detrás destas palavras...
Eu não considero "perda de tempo"! Ainda que dolorosa a experiência, alguma coisa de grandioso, de sublime, deve estar na origem deste "acontecimento"...
Só Deus e o teu Eu Superior saberão, neste momento, explicar o porquê!
Nós, simples mortais desta vida, apenas podemos aceitar que "não foi perda de tempo", mas sim "contributo de evolução espiritual"...
Mas a dor e o sofrimento não deixam entender isto muito bem!...

Esteril disse...

Ju,
A vida nunca é perda de tempo. Infelizmente há situações incontornáveis como essa. Eu sou um tanto ou quanto desprendido até ao momento, sendo na mesma sentimentalista, mas se não posso vencer a natureza, tento viver, aproveitando o que posso enquanto posso. Mas o amor vivido enquanto foi possível, nunca será esquecido e a presença dum ente querido, não vai por ti nunca ser esquecido.

juvelina, tens dever nas defenições do teu blog, pois só estas as pemitir pessoas convidadas a entrar no teu blog (a tal azelhice...lol), investiga ai as defenições se precisares de ajuda, diz.
bjs ju

http://wwwjuvepereira.blogspot.com disse...

Acredita que foi azelhice. Já verifiquei~. Não sei que ainda está vedado. Só o teu comentário mo dirá.Fiz alterações não sei se suficientes

Anônimo disse...

Penso que agora já está okey. Bjs

ju disse...

Amaral: não é fácil escrever nem lembrar mas foi muito mais dificil viver uma relação assim.

Acredito que tive de viver durante 23 anos essa "vida" para que hoje possa ser uma mulher mais livre, mais segura, mais FELIZ.

Obrigada por teres vindo...

Johny Be Good disse...

Ju, não creio que na vida tudo o que se faça seja perda de tempo, embora haja situações que possamos achar desnecessárias...Eu diria talvez, que nós temos de passar pelos os ''patamares'' todos e não os podemos galgar ( só os degraus e não todos....lol)...sejam eles positivos ou negativos nem que seja para não repetir os erros ou enganos que vamos cometendo na vida....

Um beijo enorme

Maxima e pensamentos disse...

Nada na vida é perda de tempo...há coisas que enquanto duram e são boas nos fazem felizes...decerto tiveste algumas...as que não prestam,servem para nos fazer crescer e fortelecer...!!

Beijo


(para a juvepereira)

Ainda não é possivel aceder ao teu blog..."a azelhice" continua lol

Sílvia disse...

23 anos é a minha idade...a minha vida... Uma vida tua...uma página virada...e aprendemos sempre...nem que seja a gostar mais de nós e a querermos MAIS. Por afinal merecemos :)

Beijinhos

ju disse...

esteril:
Obrigada pelo teu comentário. Tens razão a vida nunca é perda de tempo....

ju disse...

Viva, johny be good!
Tens razão amiga, é isso... temos de passar os benditos patamares...

ju disse...

maxima, tu és o máximo!
Sabes a música de cor.

ju disse...

Querida Sívia: bem que podias ser minha filha. E embora tivesses crescido num casamento que sofria de doença crónica terias sido uma filha muito amada.

Beijo grande.

JuvePP disse...

É pena que não consigas entrar no meu blog. Até porque fez um texto, intitulado "o poema" a pensar em ti, fruto do nosso diálogo. Peço desculpa mas já não sei que mais voltas dar às definições. Beijinhos

ju disse...

juvepp: já consigo entrar no teu blog e já deixei lá o meu comentário ao teu último poema.

Pierrot disse...

Não consegui atingir muito bem o sentido do texto mas pareceu-me algo sofrido e triste.
Solidarizo-me...
Bjos daqui
Eugénio

silvia disse...

Ju...
Vim aqui umas 7 vezes, todas elas li o teu post e continuo sem saber o que dizer:(

Mas deixo-te ficar um beijo enorme:)

ju disse...

Viva Pierrot: é caso para dizer que escrevo de forma abstracta. Por enquanto não desvendo o "segredo" mas se vocês demonstrarem vontade eu explico.

Beijos e obrigada.

ju disse...

Isto é meu Sílvia: querida tenho pena que te tenha feito cá vir tantas vezes mas também demonstras que és persistente.

Beijinhos.

Farinho disse...

Há muito sofrimento espalhado por aí, a minha infancia tambem não foi fácil, e aconteceram coisas de que ninguém se apercebeu, mas mais ou menos consegui endireitar-me, mas nem sempre isso acontece, é uma pena que alguém sofra em silêncio, porque dessa maneira ninguém pode dar a mão ou apoio.

Beijocas

ju disse...

Farinho: gostei do teu comentário e concordo plenamente contigo quando dizes que o sofrimento aliado ao silêncio dificulta a ajuda.