Acordo com esta
SAUDADE que me aperta
o peito e a garganta
que me deixa indisponível
para outros sentires
outras dores
outros prazeres.
Uma vontade louca
de querer o que não quero
de ter o que não tenho
de fazer o que não faço.
Um desespero feroz
de segurar o tempo
modificá-lo
dizer-lhe estou cá!
Eu é que te controlo agora
Eu é que sou a dona desta cena
deste espaço
deste tempo
deste palco!
16 comentários:
Muito bem, Ju. O poema é um verdadeiro grito do "ipiranga", um grito de liberdade para que sejas senhora e dona da tua vida.
Pois é verdade, chega um dia em que dizemos basta, de agrilhoetas, de "saudades" que nos sufocam, de realidades que nos dão pouco ou nenhum prazer em viver, de sermos meros pacientes do nosso destino e passarmos a ser construtores, donos do nosso destino. Parabéns o poema é significativo. Beijinhos
Devemos sempre ser donos da nossa vida...
Beijinhos
Vim até cá e encontro um blogue de sentimentos frontais, como não esperava encontrar, uma mulher cheia de sensibilidade mas mulher de armas que olha o sofrimento de frente. Palavras, como elas muitas vezes nos ajudam a derrotar os nossos fantasmas.
Beijos.
Juvepp: obrigada, gostei do teu comentário.
Diabinho: nem sempre é fácil
Vida: obrigada por teres vindo e obrigada também pelas tuas palavras.
Muito bonito mesmo.
Obrigada, Marta.
Mas sabes...gritamos isso vezes sem conta e às vezes damo-nos conta de que não somos donos de nada!!
só quando nos damos conta disso e que estamos preparados para conduzir aquilo que nos é inerente... A NOSSA VIDA ;)
Beijinhos
A dor mata, sufoca, mas ao mesmo tempo faz-nos viver. A dor da saudade que transmites, é sufocante, mas ao mesmo tempo doce, por trazer a lembrança ao teu coração. As vezes lembrar faz chorar... Entendo, não conseguindo certamente perceber na sua plenitude, mas consigo imaginar um pouco.
Bjs
A dor por vezes corroi-nos por dentro e para tal não acontecer, devemos lutar contra ela e se for preciso, gritar bem alto.
Beijos:)
A dor da saudade, a falta que nos faz aquilo que nos completa, um desejo aflitivo de ter o tempo nas mãos e ser o dono da realidade onde o universo nos colocou para sermos aquilo que desejamos ser...
Sílvia: Bem Hajas!
Esteril: Acho que emntendeste muito bem a minha mensagem.
Isto é meu Sílvia: continuarei a gritar, podes crer.
Grande Amara!
Ler-te dá-me alguma paz.
Um beijo de amizade.
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